quinta-feira, 27 de março de 2014

Fantasma

Fantasma é fumaça desatenta
Que não se olha, nem se orienta
Na capela o sino surdo
O corpo mudo de espera
Que deseja que a noite arda
Que o sal da praia invada
O desejar secreto
das pequenas conchas
Ao perceber a tarde
Se orienta e se invade
De gotas do mar
Fantasma é corpo
É alma que não se sabe
Um dia de pele, oco
Buscando o bronzear da tarde.


Para Shima